domingo, 23 de agosto de 2009

Do Blog do Fabio Campana

domingo, 23 de agosto de 2009 2

O Meu comentário, sobre a matéria que se segue:

Um comentário

  1. Domingo, 23 de Agosto de 2009 – 14:47 hs


    Por favor, aguarde a aprovação do seu comentário.

    Vamos colocar as coisas claras, como não sou advogado quem sabe alguém dá uma ajudinha.

    Segurança pública é de responsabilidade do Governo, e do Governo do Estado, o cidadão paga seus impostos e tem o direito a ela, se o Governo não tem capacidade para prover essa segurança, é Direito do cidadão cobrar.

    Isto posto, quem é vitíma da falta de segurança ppública, precisa mover ações contra o Governo e responsabilizá-lo pelos prejuízos, que sua Omissão causa. Se isso não for feito, os Lula e os Requiões da vida, vão continuar colecionando desmandos um atrás do outro e nada nunca vai mudar.

    Mas pensando bem, começo a acreditar, pela inatividade da população que o ditado é verdadeiro: Cada povo tem o Requião que merece.

    Agora só falta além de nada fazerem contra os desmandos da responsabilidade do irresponsável (requião) , ainda votarem nele para o Senado. Se como Governador SUCATEOU A cidade de Curitiba e o ESTADO, imaginem o que esse canalha vai fazer no Senado.

    Luciana Cristo no Paraná Online

    Todos os dias um posto de combustível sofre com algum tipo de assalto em Curitiba. A falta de segurança faz com que menos de 50% desses estabelecimentos comerciais permaneçam abertos depois das 22h. A estimativa, do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis no Paraná (Sindicombustíveis-PR), é apenas um exemplo de como abordagens criminosas ao comércio da cidade são responsáveis pelo fechamento de locais que poderiam continuar abertos no período da noite.

Além de latrocínios, uma abordagem típica do que sofrem os postos de gasolina são os chamados “assaltos do crack”, de acordo com o presidente do Sindicombustíveis-PR, Roberto Fregonese. “São aqueles assaltos que levam de R$ 100 a R$ 200 do frentista e causam pânico no estabelecimento”, explica. Junto com os postos e lotéricas, outro ramo que tem sido alvo principal dos assaltantes são as farmácias. Nas últimas duas semanas, somente nos bairros Pinheirinho, Sítio Cercado, Bairro Novo e Boqueirão a polícia registrou 12 roubos a farmácias. Em toda a cidade, são mais de 70 assaltos a esse tipo de comércio.

Pequenos comerciantes de bairro também sofrem com os assaltos, à noite ou mesmo durante o dia. No bairro Boqueirão, nem a proximidade com o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) parece inibir a ação dos bandidos no local.
Semanas atrás foi a vez de a panificadora e lanchonete Thaliza, localizada na Rua Waldemar Loureiro Campos, sofrer um novo assalto, durante a noite, depois que os ladrões forçaram a porta de entrada do estabelecimento. “Como não tinha muito dinheiro no caixa, levaram produtos mesmo da panificadora, como bolachas e salgadinhos”, relata um dos atendentes.
Poucas quadras em frente, na mesma rua, a reportagem de O Estado encontrou o salão de beleza Raquel Cabeleireiras funcionando de portas fechadas. Foi a alternativa encontrada pela dona, Raquel Rasera (foto), depois do assalto sofrido também há pouco tempo. “Próximo das 15h entraram dois menores de idade com armas aqui dentro. Agora, mesmo com o risco de perder novas clientes, vamos trabalhar passando a chave na porta de entrada para ter mais segurança”, afirma Raquel.

A constante troca de tiros numa invasão próxima dali, no final da Rua Professor José Nogueira dos Santos, e a sensação de insegurança são outras reclamações dos moradores. Mesmo com o 20.º Batalhão da Polícia Militar (PM) perto dali, comerciantes dizem não ver viaturas da polícia circulando pela região. “Quando ligamos para lá (PM) para pedir ajuda, eles alegam que não têm viatura para vir até o local ou demoram até mais de uma hora e meia para aparecer”, conta a dona do salão. Durante a tarde em que a reportagem de O Estado circulou pela região, também não cruzou com nenhuma viatura nas proximidades. “O Cope está aqui do lado, mas não é função deles atender esse tipo de ocorrência. Parece que nem a presença do Cope afugenta os bandidos”, completa a comerciante.

Parceria ajuda região central da cidade

Parceria entre a prefeitura de Curitiba e a Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio) busca atender o apelo por mais segurança para os comerciantes do centro da cidade, com a restauração do antigo Paço da Liberdade e do eixo das ruas Riachuelo e São Francisco. Instalar mais câmeras de segurança e baixar as luzes dos postes de energia estão entre as ações propostas. Um projeto que está na Câmara de Vereadores propõe a redução de IPTU para comerciantes que se dispuserem a revitalizar a fachada do prédio em que ocupam e penalidades àqueles que estiverem com aparência de abandono. A expectativa é que, dentro de dois a quatro anos, a região tenha uma cara nova, segundo o diretor de planejamento da Fecomércio, Dieter Lengning. “É um enorme desafio, mas essa mudança beneficia os comércios estabelecidos no local, os proprietários dos imóveis, o turismo local”, avalia. “Já se notam mudanças e os próprios empresários da região tem demonstrado fantástica disposição em recuperar seus estabelecimentos e isso cria uma espiral positiva”, completa. De acordo com Lengning, a recuperação de centros antigos é um desafio enfrentado não só por Curitiba, mas por toda grande cidade, por conta da formação de bairros novos e iniciativas em crescimento, como grandes shoppings centers.

Sesp não divulga números

Números de assaltos e roubos a outros estabelecimentos comerciais não são divulgados pela Secretaria de Estado Segurança Pública (Sesp). Também por orientação da Sesp, policiais tampouco fornecem as informações. O tão divulgado projeto de geoprocessamento de dados do governo estadual, o Mapa do Crime, não divulga a atualização desses números desde o ano passado. Assim, não se tem informações oficiais de quantos são os homicídios, latrocínios, crimes contra a pessoa ou contra o patrimônio cometidos em nenhuma região do Paraná neste ano. A promessa da Sesp é que os dados referentes ao primeiro semestre deste ano sejam divulgados “em breve”.

O Mapa do Crime sempre foi anunciado pelo secretário da Sesp, Luiz Fernando Delazari, como uma das mais modernas ferramentas do País para controle e combate à criminalidade, gerando estatísticas que guiariam o trabalho policial. Por isso, o projeto deveria fornecer dados atualizados sobre estatísticas criminais do Paraná.
Recomendação é atenção

Aos comerciantes, a orientação é que se preste atenção em qualquer movimentação estranha, como aproximação de automóveis ou motos que cheguem com duas pessoas ou mais e que uma delas permaneça dentro do veículo ligado. A dica é do tenente Wagner de Araújo, comandante do 20.º Batalhão de Polícia Militar, do Boqueirão, que atende uma população de quase 100 mil habitantes. Segundo o tenente, há uma viatura que faz a cobertura de toda a da área do Boqueirão. “A recomendação é sempre chamar a viatura ao local para que se possa fazer a abordagem necessária, e não reagir. Atitudes como a do comerciante que atingiu o assaltante com um tiro de espingarda calibre 12, há três semanas, nós não aconselhamos”, diz. Na região, muitas apreensões são feitas ao longo do eixo de comércio distribuído na Avenida Marechal Floriano Peixoto. Em caso de necessidade, o comerciante deve telefonar para o celular do Projeto Povo de sua região disponibilizado pela Polícia Militar ou ligar para o 190.

sábado, 22 de agosto de 2009

A Exemplo de "Nosso Senhor Jesus Cristo"

sábado, 22 de agosto de 2009 0

Diretamente dos comentários do Blog do Senador Álvaro Dias.


Por Mr. pepper sartori em 22 de agosto de 2009 - 19:24 | Comente

A MORTE DO PADRE

O velho padre, durante anos, tinha trabalhado fielmente com o povo africano, mas, agora, estava de volta ao Brasil, doente e moribundo, no Hospital Geral de Brasília.

Já nos últimos suspiros, ele faz um sinal à enfermeira, que se aproxima.

- Sim, Padre? diz a enfermeira.

- Eu queria ver dois proeminentes políticos antes de morrer, o Renan Calheiros e o Sarney, sussurrou o padre.

- Sim, Padre, verei o que posso fazer, respondeu a enfermeira.

De imediato, ela entra em contato com o Congresso Nacional e logo recebe a notícia: ambos gostariam muito de visitar o padre moribundo.

A caminho do hospital, Sarney diz a Renan Calheiros:

- Eu não sei porque é que o velho padre nos quer ver, mas certamente que isso vai ajudar a melhorar a nossa imagem perante a Igreja e o povo, o que é sempre bom.

Renan Calheiros concordou. Era uma grande oportunidade para eles e até foi enviado um comunicado oficial à imprensa sobre a visita.

Quando chegaram ao quarto, com toda a imprensa presente, o velho padre pegou na mão de Sarney, com sua mão direita, e na mão de Renan Calheiros, com sua esquerda.

Houve um grande silêncio e notou-se um ar de pureza e serenidade no semblante do padre.

Renan Calheiros então disse:

-Padre, porque é que fomos nós os escolhidos, entre tantas pessoas para estar ao seu lado, no seu fim?

O Padre, lentamente, disse:

-Sempre, em toda a minha vida, procurei ter como modelo o Nosso Senhor Jesus Cristo.

-Amém, disse Sarney.

-Amém, disse Renan Calheiros.

E o Padre concluiu:

-Então… como Ele morreu entre dois ladrões, eu quero fazer o mesmo.

Reportagem do Jornal a Gazeta do Povo - Curitiba

A Reportagem : http://migre.me/5F17

O Meu comentários à Reportacem.

O PT e o Senador Flávio Arns:

Para tudo e em tudo, dois pesos e duas medidas.

Ideologia, tudo aquilo que interessar pessoalmente a seus Caciques e especialmente ao Lula.

Porque a Senadora Marina pode sair e o Senador Flavio não? Mais uma vez a ética a palavra empenhada e a moral dos membros do partido estão longe de ser demonstradas. ( já que, ouvi uma entrevista do presidente Lula em que Ele dizia, pois se não está contente tem o direito de sair, isso para os repórteres, internamente a palavra não vale, aparecem os famosos “senãos”.

Em vez disso o medo de para onde, um Senador de dignidade que não está de acordo e por isso se desincompatibizou com o partido possa ir.

Claro ele vai para um partido com uma ideologia decente, e em cujos membros tenham o que não há no PT, Honra e Dignidade, ao invés disso impera a mentira, e a palavra empenhada muda mais rápido que seus Senadores mudam de camisa, não precisa ir longe, veja-se o Caso da semana finda o Senador Mercadante, que há mais de um Mês diz uma coisa de manhã, desdiz à tarde, e faz outra à noite.

Com um líder destes o que esperam do partido?

Há!!! Cobrança de filiações atrasadas?ou o que raio de nome bonito deram a isso. Como sempre o PT e seu jogo sujo.

Se há tudo isso de cobranças atrasadas, elas vêem se acumulando há mais de 2 anos pelos dados da reportagem. Porque só agora cobram?

É mais uma das especialidades do PT ter algo com que barganhar e não importa a decência ou dignidade dessa barganha. Se não cobraram, negociem, se o Senador não quiser pagar e acharem que devem, façam-no judicialmente. Na verdade a postura Petista é de Canalhas. Realmente de perdedores que começam a sentir as dificuldades frente aos desmandos cometidos.

Quem sabe, conseguimos nos livrar deles, agora em 2010. TOMARA DEUS.

RUI S.C. Ventura

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Comentando a Carta ao Senador Aloísio Mercadante

sexta-feira, 21 de agosto de 2009 0

Senador Mercadante:

Nunca simpatizei com o Senhor e não há como melhorar isso face às suas atitudes, palavras vazias e discursos sem atitude não vão melhorar nada, embora isso não lhe faça a menor diferença já que eu sou povo. Líder que é Líder não mente, não faz falsete, se sobe na tribuna e diz, estou colocando o meu cargo à disposição, coloque, ou não diga liderança sem verdade fica desacreditada.

Se diz que é contra a permanência de Sarney na presidência haja como tal ou não diga, na verdade o que vergonhosamente vcs construíram foi a desmoralização do Senado Federal e estão tentando por a culpa na Oposição. Não, não se trata de oposição, trata-se de VOCÊS assumirem o que estão fazendo, se querem o Sarney onde está e V. Exa. diz que não, mas age em contradição com o que diz.

A permanência do Senador Sarney na presidência do Senado só interessa a vcs. A mais ninguém, e como querem sequer falar em moralizar o Senado se dão guarida a um indivíduo que, se culpa não tivesse, o que não é verdade, pelo menos é Omisso, como querem que se acredite numa instituição, onde o presidente nada sabe e seu staf o apóia mesmo se dizendo contrariado, quem está mentindo, ou o acordo é dividir a mentira.

Por esse prisma pergunto, onde está o Caráter e a auto-estima desse staf que não concorda e tudo o que faz é teatrinho que é tudo o que tenho visto e ouvido o Senhor fazer.

Senador desculpe-me o Senhor pede no twitter para lermos a carta, e dá chance de a comentarmos, não gostaria que deixasse este comentário sem publicar, mas se o fizer saiba que eu vou me certificar que ele vai para a internet. Estou usando o nome e o email certos sem nada escondido.

Vossa Excelência disse na sua fala no plenário que estava com vontade, que o seu Sentimento era de renuncia, mas... Entre outras coisas leu a carta.

Como podemos acreditar num Homem, cuja vontade não vale O Senhor não fez o que disse estar com vontade, como podemos acreditar num Homem, cujo apelo da família de nada valeu, e nem mesmo sua vontade, ou teremos que entender que não tem vontade própria, e sendo assim, foi muito mal terem-no transformado em Senador: Em face da manutenção de uma cizânia que o Senhor é tão responsável quanto o seu Amigo em criar, e manter, vcs sim são os verdadeiros responsáveis, pela crise que o PMDB e o PT criaram no Senado, Senador.

Essa é a opinião de um cidadão indignado com essa que devia ser uma casa de respeito e com Senadores respeitáveis, o que não acontece com a maioria, e de fiscalização pela coisa pública e isso é tudo o que aí não se vê. Desculpe Senador, sua atitude é completamente desqualificada, e tal como disse no Twitter, se o senhor vier a falecer amanhã, a família a quem o Sr. não ouviu é a única que sentirá a sua Falta, o Seu grande Amigo talvez vá ao funeral, uma semana depois, estará tão preocupado em saber como fazer para se manter no poder que nem em Si mais ele falará. Então a alusão de que o Sr. é insubstituível, é por demais infantil para ser levada em conta.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Direto da Folha.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009 0

ENTREVISTA DA 2ª

OTACÍLIO CARTAXO
SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL

Decisão sobre manobra contábil da Petrobras valerá para todos

Em alguns casos, segundo Cartaxo, os efeitos nas empresas poderão ser retroativos

Marcello Casal Jr. - 25.set.08/Agência Brasil







Otacílio Cartaxo, novo secretário da Receita, que foi efetivado no cargo na semana passada



A DECISÃO que a cúpula da Receita Federal tomará sobre as regras para mudança de regime de cálculo do imposto sobre ganhos cambiais -isto é, se é legal ou não a manobra contábil adotada pela Petrobras- valerá para todas as empresas e poderá ter efeitos retroativos.
Efetivado no lugar de Lina Vieira, o secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, disse que a arrecadação continuará caindo em relação a 2008. "Estamos comparando um ano de "boi gordo" com um ano de "vaca magra"."

JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em entrevista exclusiva à
Folha, a primeira desde que assumiu o cargo, Cartaxo afirmou que, se a manobra da estatal for avalizada pelo fisco -o que é a tendência-, outras empresas poderão requerer a aplicação da regra retroativamente. Se a decisão da Petrobras for condenada, a empresa poderá ser obrigada a recolher os R$ 4 bilhões que deixou de repassar ao fisco com a manobra contábil.
Sobre sua chefe de gabinete, Iraneth Weiler, que endossa o depoimento de Lina sobre o encontro reservado com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), Cartaxo evita comentários.
Questionado se manterá a servidora no cargo, responde: "Não faça essa pergunta difícil."
Lina Vieira afirmou à
Folha que esteve a sós com Dilma e a ministra lhe pediu para apressar uma investigação do fisco sobre a família Sarney. Dilma nega o encontro. Sobre isso, Cartaxo diz que a ex-secretária nunca comentou o assunto.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/images/ep.gif

Novo cálculo criou atrito com estatal

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A divergência interna no fisco sobre a mudança de regime contábil nas operações de câmbio foi o artifício criado pela Receita Federal para tentar explicar a briga nos últimos meses entre a secretaria e a Petrobras.
Em maio, a Petrobras reconheceu que mudou a contabilidade de suas operações em dólar no último trimestre de 2008. No mesmo dia, a Receita -à época comandada por Lina Vieira- avisou que o contribuinte não poderia mudar a fórmula de cálculo do imposto ao longo do ano. Em um "esclarecimento" à imprensa, o órgão afirmou que não era permitida "a alteração de critério no decorrer do ano-calendário".
O episódio provocou uma crise no governo e acabou sendo um dos motivos para a demissão de Lina Vieira, que chefiou a Receita por 11 meses. Foi também a munição usada pela oposição para instalar a CPI da Petrobras.
Na semana passada, em depoimento à comissão, Cartaxo recuou da posição até então assumida pelo fisco. Justificou que há um conflito de interpretação entre as superintendências da Receita. O assunto agora deverá ser decidido pela cúpula da Receita.
Desde 2000, as empresas podem escolher como calcular o impacto da variação do dólar sobre seu lucro. A opção pode ser pelo "regime de caixa", que permite o cálculo do imposto quando a operação em dólar é liquidada e o dinheiro entra em caixa.
A outra forma é o "regime de competência", com o cálculo considerando a variação do dólar no período, com ou sem o dinheiro ter entrado no caixa.

*

FOLHA - O senhor contou com o apoio dos superintendentes para sua efetivação?
OTACÍLIO CARTAXO -
Na Receita, eu trabalhei em tudo. Toda a escadinha da Receita eu subi degrau por degrau. Eles conhecem meu caráter, meu comportamento. Por isso me apoiam.

FOLHA - O sr. chegou a ser investigado pela corregedoria por ter patrimônio incompatível com a renda?
CARTAXO -
A corregedoria escolhe uma série de dirigentes e faz uma auditoria. No órgão central, foram todos os que ocupam cargo de direção. Todos foram auditados. No meu caso, o processo foi arquivado porque não foi constatado nenhum indício de aumento patrimonial descoberto ou gastos incompatíveis com o salário. Li nos jornais que o Ministério Público quer mandar desarquivar, mas foi um lote de 680 auditorias patrimoniais, principalmente de gente ligada ao órgão.

FOLHA - O sr. vai se reunir agora com os superintendentes?
CARTAXO -
Por telefone já conversei com todo mundo. Nós agora vamos fazer uma avaliação mais detalhada e específica e dar uma acelerada nos processos de trabalho. Eu pretendo é dar um ritmo mais forte.

FOLHA - O sr. se refere às críticas que o ministro Guido Mantega [Fazenda] fez à ex-secretária Lina Vieira, que não teria dado celeridade ao plano de trabalho definido por ele?
CARTAXO -
Na parte de fiscalização, precisamos correr mais, fazer uma supervisão mais forte. A Receita sempre acompanhou as grandes empresas. Todos os anos é publicada uma portaria com os critérios para seleção da grandes empresas. Neste ano, foram 10.501 empresas. Ou seja, é jogo aberto, não tem esse negócio de subterfúgio, investigação sigilosa.

FOLHA - Essa ênfase na fiscalização tem o objetivo de inverter a queda na arrecadação?
CARTAXO -
Todas as administrações tributárias modernas fazem o acompanhamento dos grandes contribuintes, que são responsáveis por 80% da nossa arrecadação. Eles são fundamentais para manter arrecadação sob controle. A arrecadação está muito vinculada ao desempenho da economia. Mantê-la alta com a economia afetada pela crise é algo que não cabe dentro da lógica econômica. A grande massa da nossa arrecadação é espontânea, em torno de 95%. Essa matéria contenciosa é apenas 5%.

FOLHA - Nos próximos meses a arrecadação continuará em queda?
CARTAXO -
É. Porque o que se está comparando é o ano de 2008, que foi quando a Receita bateu todos os recordes históricos. Era um momento em que a economia estava "bombando".
No fundo estamos comparando um ano de boi gordo com um ano de vaca magra. Mesmo assim, a arrecadação não voltou aos níveis de 2007. Não se sustentou com os níveis de 2008, em razão da crise, mas não regrediu a 2007. Permanece entre 2007 e 2008. Acho que se sustentou até de forma razoável. Não foi um baque de dimensões tão grandes. Essa queda de arrecadação é em razão da crise e também da política anticíclica que o governo adotou, que está dando certo. Foi uma política benfazeja, embora a Receita tivesse que abrir mão de alguns bilhões.

FOLHA - E o caso Petrobras? Sua explicação na CPI foi suficiente para esclarecer o assunto? Houve pressão?
CARTAXO -
Na CPI, fiz uma exposição didática de como a Receita acompanha os grande contribuintes, as normas gerais de compensação e o regime de apuração das variações cambiais. Na própria Receita há soluções de consulta sobre isso, inclusive no Rio de Janeiro [sede da Petrobras], em que foi concluída a consulta e o órgão admitiu que a empresa pode fazer a opção a qualquer mês do ano, fazendo os ajustes necessários para trás. Existe decisão das delegacias também nesse sentido e no contrário. O assunto está sendo avocado para o órgão central e nós vamos dirimi-lo.

FOLHA - Ou seja, a Receita pode entender que a opção a qualquer momento não é possível, e o caso da Petrobras pode ser revisto e a empresa terá de recolher o imposto?
CARTAXO -
Essa decisão do órgão central valerá "erga ominis", valerá contra todos. Daí vinculará todos os contribuintes e toda a administração tributária.

FOLHA - Só a partir daquele momento ou retroativamente?
CARTAXO -
Em determinadas matérias, a regra geral é a partir daquele momento. Mas tem outras em que comporta excepcionalidade. Os efeitos são para frente e para trás. Isso quem decidirá será a instância técnica, a coordenação de tributação. Eles vão eliminar o conflito de interpretação.

FOLHA - A Receita tem uma estimativa de quanto seria cobrado dos exportadores na questão do crédito-prêmio do IPI?
CARTAXO -
Estamos fazendo uma reestimativa, agora que o Supremo Tribunal Federal decidiu que seria até 1990. Estávamos trabalhando com a hipótese da extinção em 1983. Saindo o acórdão do STF, vamos fazer a leitura técnica para ter um número mais seguro e tomar as providências necessárias.

FOLHA - A ex-secretária Lina conversou com o sr. sobre o encontro reservado que diz ter tido com Dilma?
CARTAXO -
A secretária nunca comentou o assunto comigo.

FOLHA - E a Iraneth Weiler, que trabalhava com a secretária....
CARTAXO -
... ela continua, é chefe de gabinete.

FOLHA - Será mantida?
CARTAXO -
Não faça essa pergunta difícil [risos]. Pelo amor de Deus. Você quer me criar uma dificuldade. Vai ter o depoimento na CPI, ninguém sabe quais as repercussões, se esse caso vai se encerrar. É melhor eu cuidar do meu trabalho. O pessoal da Receita veio me parabenizar nesta semana e eu disse: "Olha, aqui tem duas coisas que a gente precisa: muito trabalho e muita reza".

 
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